domingo, 28 de dezembro de 2014

Amor Instantâneo.

Alguém aí já comeu miojo? Daqueles que ficam prontos em três minutos no micro-ondas. Já comeu né? Você acha que miojo é igual o amor? Acho que não, né? Fiquei pensando sobre isso depois de fazer um balanço sobre tudo que aconteceu/não aconteceu na minha vida e na vida de alguns amigos (porque claro que temos que usar os amigos para escrever textos também). Mas o ponto que eu quero chegar, são os amores instantâneos. E esse “instantâneo” não tem o sentido bonito dos filmes que a gente assiste por aí.

Depois do meu balanço cheguei à conclusão de que mais da metade dos amores que estão fazendo declarações por aí, são instantâneos e podem ser desfeitos em um ou dois dias, ou quem sabe, em duas ou três palavras no WhatsApp. Longe de mim chamar alguém de precipitado ou apressado, mas sabe quando você sabe que a pessoa vai quebrar a cara, pelo simples fato de não ter pensado e refletido bem? Amores impulsivos nunca dão certo (levanto essa bandeira por experiência própria). É como se a regra fosse “você não deve ficar sozinho! De jeito nenhum!”. E aí vem a tia perguntando dos namoradinhos, as declarações de amor no facebook alheio, e você fica pensando que o problema deve ser você mesmo. PARA! Quero te dizer que o problema não é você!

O problema não é você! Nem você nem eu, temos culpa das pessoas precipitadas e afobadas que circulam por esse mundo. Por mais incrível que pareça, não é pecado passar anos solteira (o), não namorar, não querer ou até se achar imaturo demais pra isso. Pecado é você depender de outra pessoa pra ser feliz, e colocar toda a sua felicidade nas mãos dela! Isso é pecado (ou pelo menos deveria ser). Sempre que alguém me pergunta porque eu não namoro, eu falo que a pessoa certa não apareceu. Mas depois de ver alguns relacionamentos por aí, cheguei a uma conclusão mais madura: eu preciso ser feliz sozinha! Acho que carrego essa conclusão comigo desde sempre, e se eu pudesse te dar um conselho seria isso! Seja feliz sozinha primeiro, ame estar com você mesma, e depois, quem sabe, você vai encontrar alguém a sua altura.

Uma vez, li que “nós só temos o amor que achamos que merecemos”, e demorei um certo tempo pra aceitar isso. Lembro que na época eu estava perdidamente apaixonada por algum babaca da época de escola, e eu não conseguia entender esse “amor que eu acho que mereço”. Hoje, depois de muitas águas passadas – isso é um ditado? – eu acho que entendo melhor isso. Essa história de que você tem que se amar imensamente pra que alguém também sinta o mesmo por você, essa história de não aceitar o mínimo de ninguém, essa história de não ficar arrumando desculpas pras grosserias e mal jeitos do outro... Tudo isso tem a ver com a tal frase que eu li.

Sabe, o mundo não vai acabar amanhã! Você pode ter paciência para assumir um relacionamento com alguém. Marte não vai colidir com a Terra se você falar pra outra pessoa que “ainda é cedo, e que o amor não nasce desse jeito”. Essa teoria que inventam ou colocaram na sua cabeça, de que “dois corações partidos juntos dão certo” (ou algo assim), é mentira! É mentira porque o amor nasce de dois corações que estão muito bem, obrigada. Amor não nasce na pressa, só porque todo mundo ama. Amor não nasce para curar carência, ou para cumprir convenção social. Amor não é feito miojo que dentro de três minutos está pronto.